Rascunho do Tai

Chatice.

What we know is a drop, what we don’t know is an ocean.
Isaac Newton
Sou um cara muito curioso e humilde quanto ao meu próprio conhecimento. Também me esforço para ser empático na maioria das situações – o que incomoda as pessoas em discussões – por parecer que quero discordar de tudo.
Não é isso.
Veja, na imagem acima, listei os principais assuntos em que pairam minhas dúvidas. Provavelmente não chegarei – ou não chegaremos, como humanidade – nem perto da resolução de algum deles. São matérias muito complexas.
Porém a visão de mundo de “pesquisador obstinado” e sempre curioso, não se satisfaz com a resolução de problemas simples. Estes são fáceis e não provocam o pensamento – geralmente já foram resolvidos.

E, mais do que isso, com a redução matemática, costumo sintetizar discussões abstratas, trazendo-as mais perto da discussão “reduzida” que, geralmente, já foi formalizada na literatura e tem a ver com um dos nós da imagem acima. Percebo que isso é muito irritante para interlocutores despreocupados, preguiçosos ou muito práticos.

Fico um tanto triste com a irritação das pessoas porque não é meu objetivo ser chato. É que realmente acredito que, para cada situação, devemos buscar interpretações e soluções globais, sabe? Se não o fizermos corremos o risco de ser hipócritas.

Quem resolve problemas com soluções de escopo muito reduzido pode estar – ou geralmente está – sendo injusto no âmbito geral.

E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.
A Bíblia Sagrada, Marcos 12:31

Empatia é justiça.

Nessa época da minha vida, eu não acredito muito na justiça formal, aquela do estado. Ela me parece quadrada, tendenciosa e pouco empática.

Acredito que exista uma lei, não a dos homens mas uma maior que não somos – ou seremos – capazes de compreender. Chame do que quiser, a lei da natureza, a lei de Deus.

Acredito também – o futuro e a física quântica podem me provar ao contrário – que essa lei é única e universal.

Na condição humana, acho que nossa obrigação é sim, criar interpretações e soluções com o escopo que nos é possível intelectualmente, mas sempre buscar aumentá-lo.

Colocar mais pessoas e possibilidades para dentro do escopo.

Reduzir mais discussões para pontos essenciais e comuns e resolvê-los em conjunto. Crescer como humanidade.

É a minha busca diária, apesar de parecer chatice para muita gente.

P.S.: Neste ponto da história, ainda não tenho conhecimento teórico suficiente para fundamentar ou maturidade para organizar meus pensamentos sobre os nós do grafo acima de forma coerente. Os pensamentos existem e borbulham mas ainda precisam ser refinados para merecerem ser consumidos de maneira mais formal pelo leitor.