Rascunho do Tai

Rabiscos no gráfico da vida.

Continuando nossa subida, em certos dias paramos para pensar no porquê e no que é necessário (what does it take) para que um projeto de vida seja executado.

Qual missão e qual maneira de executá-la farão valer à pena você ter vivido sem que você quebre seus princípios? Significado e limites. Saúde, amor, família, amigos, horas, alcance, valor, legado: equilíbrio.


Seja uma empresa super-capitalista ou uma organização defensora de direitos humanos, para mim parece claro que a dedicação ao projeto profissional demandará horas que não serão as mesmas investidas no projeto pessoal.

Me refiro tanto à quantidade de horas quanto à o quê fazemos nesse tempo. Certo, temos aqui uma premissa.

Ao mesmo tempo, sou cristão e realmente acredito que nossos projetos de vida devem ter como missão final servir o próximo, honrando-o da melhor forma que pudermos de acordo com nossas, digamos, proeminências natas (dons?). Que essa seja a segunda premissa.

Até agora você provavelmente tenha concordado com ambas. A terceira pode não ser tão unânime. Eu realmente acredito que podemos escalar o amor. Sim, servir à multidões e de forma capitalista.

É um teorema com peças que ainda estão faltando, mas atualizo vocês na subida. O que me confunde agora é o equilíbrio. Qual é a linha que me deixa confortável e feliz, naquele gráfico? E qual é a sua?

Vocês devem saber… Sou convicto no que penso e determinado no que quero. Objetivo até demais.

“Eu não quero ter razão, eu quero é ser feliz”

Fiquei pensando bastante na frase do poeta Ferreira Gullar. Claramente não combinava com meu jeito de pensar, mas nos últimos dias tinha passado a fazer mais sentido.

Minha mente era muito interessada em trabalhar para descobrir o como e o porquê de tudo… encaixar cada aspecto do mundo naquele quebra-cabeça infinito. Esse hábito muitas vezes invertia a importância das coisas. Os detalhes se tornavam mais importantes que o todo e eu não percebia.

Quem via de fora tinha a sensação de desprezo ou arrogância, o que não era verdade, na maioria das vezes. E se tudo na vida se treina e se aperfeiçoa, comecei a treinar… amar. A vida, as pessoas, as pequenas coisas.

Tem sido um exercício fantástico! Entregar sem pedir muito em troca, apenas que a corrente siga. Invista nisso, é algo que se paga no tempo certo.

“Tudo tem seu tempo”

Apesar de não gostar muito de clichês seria tolice não valorizar a sabedoria de alguns deles, ditos na hora certa (obrigado!). Algo essencial em toda a pauta que discutimos aqui é o prazo.

A esperteza e a malandragem são rentáveis no curto prazo. Com o tempo, elas se tornam insustentáveis, de um jeito ou de outro.

Assim como fazer algumas concessões buscando o equilíbrio pode ser uma aposta no princípio, mas algo muito rentável no médio e longo prazo.

Por último, a entrega total pode ser literalmente um martírio em vida. Algo que se pagará com um legado aproveitado pelos que ainda virão.

Caminhos… escolhas.

“O amor de muitos esfriará” Mateus 24:12

Como falei, estou aprendendo a amar as pessoas pelo que elas são, sem tentar consertá-las (é engraçado falar isso, mas sim). Também aprendi que não estamos preparados para o amor espontâneo.

Amigo para amigo. Funcionário para chefe. Transeunte para motorista. Garçonete para cliente.

Algumas pessoas se assustam e reagem de forma estranha, se afastando ou entendendo como algum tipo de cantada. Fechadas, por motivos óbvios. Parecem não sentir que, na verdade, estão em contato com o simples e espontâneo ato de querer bem.

Spread the love! Honre todos à sua volta. Vamos nessa!