Rascunho do Tai

Um passo.

Um dia que começou triste. Na padaria, todos já sabiam, mas a manchete na televisão demorou à ser digerida. O aperto no peito foi maior por ser a Chapecoense. Quem gosta de futebol sabe tudo o que ela vinha significando por aqui. E quem gosta de viver, consegue entender melhor porque hoje é um dia tão marcante.

Um dos postulados da vida daqueles que vivem perseguindo um grande objetivo é de que “limites simplesmente não existem”. E estes mesmos sabem o quanto é difícil, doloroso, o quanto tempo é gasto, o quanto se sofre pra chegar em um grande objetivo, um objetivo de uma vida toda.

E o futebol… ah, o futebol. Na infância jogávamos futebol nos videogames e era comum iniciar campanhas com times sem expressão para nos provarmos. Acredite: eram meses de simulação (e saiba, muitas decepções) para alcançarmos os objetivos na “vida de brincadeira”. Multiplicando essa dificuldade por vários milhares chegamos à realidade. A Chape, de verdade, estava à um passo de realizar um sonho, de conquistar o impossível. Em um esporte que movimenta bilhões, o time de uma cidade de 200mil habitantes, em menos de uma década de progresso, estava à um passo de conquistar a América.

Um passo. Um passo. Vidas inteiras e faltava um passo. Para mim, fica a lembrança do técnico Caio Júnior na ESPN há 2 dias: feliz, pleno e com a certeza de que buscariam essa conquista para marcar a história do alviverde catarinense no esporte. Vocês já marcaram, guerreiros.